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Ilustração criada pelo Google Gemini. |
Olá Galerinha!
Você sabe comer bem? Que tal conhecer a Sra. Monica que irá abordar Autoconhecimento de ensinar a como comer melhor.
Vamos apreciar essa maravilhosa entrevista com Sra. Monica Machado acesse o site dela, é mega interessante.
https://monicamachadoep.com.br/
Primeiramente gostaríamos muito de conhecer um pouco de sua
trajetória profissional, relate um pouco sobre sua carreira e sua
atuação.
O
objetivo do meu trabalho sempre foi voltado para o autoconhecimento
e, para isso, tive necessidade de conhecer os vários ângulos que
permeiam a vida humana. Além da graduação em Psicologia e a
especialização em Psicologia Integrativa Transpessoal, fiz várias
formações desde o início dos anos 2000, entre elas, a Respiração
Consciente, a Transmutation Therapy®, PNL, Terapia Ayurvédica,
Nutrição Funcional, Astropedagogia, tudo isso para conseguir
abarcar a existência humana de forma integral.
Hoje,
em meu consultório, me dedico a ensinar, a quem se interesse pelo
tema, os processos que estão envolvidos nas formas de se comer bem e
obter resultados positivos no que diz respeito ao bom funcionamento
do metabolismo e, consequentemente, o alcance da saúde integral.
Através
desses processos e a partir da observação, a pessoa começa a
descobrir aquilo que pode ser útil para continuar em frente e o que
ela pode descartar (todos os pesos inúteis, metaforicamente falando)
para o seu bem-estar.
E
isso é autoconhecimento!
Senhora
pode nos responder às seguintes perguntas:
1- O
que diferencia comer por necessidade de comer por ansiedade ou
hábito?
Comer
já é uma necessidade essencial do ser humano, certo? O hábito é
aprendido desde cedo, de acordo com as informações que os pais têm
e oferecem para as crianças. Já comer por ansiedade se tornou um
aprendizado da nossa cultura. A busca por conforto, recompensa etc
foi aprendido pela observação e também pela grande oferta da
comida fácil, como pacotes de pequenos prazeres ultraprocessados que
mantém a pessoa mastigando, impedindo-a de pensar e resolver suas
angústias.
2-
Existe uma forma de lidar com a culpa após comer certos alimentos?
Existe
sim, mas como todo processo, exige paciência e autoconhecimento.
3-
Como posso tornar minhas refeições mais prazerosas e menos
automáticas?
Para
isso, o relaxamento é imprescindível. Estar presente, consciente e
atento leva a pessoa a sentir o sabor da comida e, com isso, aprender
a respeitar o momento da refeição e a desenvolver um comportamento
pró saúde.
4-
Como transformar o momento da refeição em algo mais tranquilo e
acolhedor?
A
primeira coisa que meus pacientes aprendem é a relaxar. Para nos
alimentar, necessitamos que o Sistema Nervoso Parassimpático esteja
presente e só conseguimos esse feito relaxando. Ficar atento às
pequenas coisas como preparar o ambiente, buscar um ornamento para
por na mesa que pode ser uma flor ou outra coisa que visualmente
inspire prazer, colocar para tocar uma música que inspire seus
ouvidos e sentimentos de acolhimento e, principalmente, ter conversas
positivas. Sem telas, sem ruídos, sem distrações, com boa
iluminação, dessa forma, a refeição é tranquila e seu
metabolismo agradece.
5-
Como identificar padrões de comportamento alimentar que estão me
atrapalhando?
Cada
pessoa tem um padrão. A observação das consequências é que levam
a pessoa a saber se está atrapalhando ou beneficiando. Como fica o
humor, as reações no contato com outras pessoas, se fica doente com
frequência, se sente dores no corpo etc, tudo isso, são
consequências do comportamento alimentar.
6-
Como posso perceber melhor os sinais de fome e saciedade do meu
corpo?
Aprendendo
com os antigos a conhecer os ritmos. O planeta tem uma rotina, a
natureza tem rotina, a cidade tem rotina e o ser humano segue essas
rotinas. Uma vez que deixamos de perceber o ritmo, perdemos esses
sinais. Para recuperá-los, basta reaprendê-los.
7- O
que significa aprendizado alimentar na criança e por que ele é
importante?
As
crianças basicamente aprendem pela observação. Desde bebês, se a
mãe respeita os horários da amamentação e se dedica a esses
momentos, com silêncio, sem agitação, de forma amorosa, a criança
aprende que essa hora é importante. Quando começa a oferta de
alimentos sólidos, é importante que a criança conheça as
texturas, os sabores diferentes, as diferenças entre quente e frio,
macio e mais firme, mais aguado ou mais seco. Tudo isso pode ser
apresentado de forma lúdica porém, não deve ter nada que distraia
a atenção do momento de se alimentar, como brinquedinhos, telas,
objetos presos na cadeira do bebê, outras pessoas em volta
“ajudando” etc, para que esse aprendizado perdure até que novos
desafios se apresentem.
8-
Como os pais podem ensinar as crianças a diferenciar a fome física
de fome emocional?
Para
isso, eles precisam aprender essa diferença antes, certo?
9-
De que forma o ambiente familiar influencia nos hábitos alimentares?
Bem,
isso é cultural, cada família tem um jeito, crenças,
condicionamentos, educação que vão influenciar diretamente nos
hábitos alimentares das crianças.
10-Qual
o papel do psicólogo no processo de aprender a comer melhor?
O
profissional atento a essas questões deve pesquisar, investigar,
incentivar seus pacientes a descobrirem a melhor forma de aprender a
se alimentar. A nutrição de cada um envolve condicionamentos,
crenças, ambientes de trabalho, ambiente familiar, local onde mora,
intenções para o futuro. Demanda tempo, paciência e o desejo do
paciente de mudar seus conceitos com relação à alimentação.
11-
Como trabalhar a relação de criança (adolescente) com a comida de
forma saudável?
É
uma questão de fornecer ferramentas e recursos para criar uma
conexão com as experiências. De novo, cada um é um e não existe
uma receita pronta.
12-
O que pode levar uma criança a usar a comida como forma de
recompensa ou compensação emocional?
Basicamente,
a angústia leva a muitas coisas e uma delas é identificar a comida
como recompensa. Como a angústia não tem forma, nem pode ser
explicada, a criança encontra conforto na sensação de estar sendo
preenchido. Se ao menos pudesse usar a imaginação e dar forma para
essa angústia, não precisaria de compensação emocional.
13-
Como a escola pode contribuir no aprendizado alimentar dos alunos?
De
muitas formas. Depende, claro, das faixas etárias, do conteúdo das
disciplinas em cada faixa, da atenção dispensada para esse tema e
da disposição dos professores em falar a mesma língua nesse
quesito.
Para
isso é necessário pesquisa, informação de qualidade e tempo!
Criar
espaços onde os alunos possam viver experiências desde o plantio,
conhecer a terra, as formas de crescimento de cada alimento, o ritmo
com que crescem, o manejo, tudo isso funciona como analogia para o
desenvolvimento deles próprios! Depois, no momento de experimentar
cada alimento, um espaço onde possam interagir, trocar sabores e
saberes, isso vai ajustando o aprendizado e incentivando novas formas
de pesquisa e desenvolvimento.
Agradeço
o convite para a entrevista. Esse é um assunto bastante extenso e
precisaria de mais tempo e espaço para entender melhor os vieses de
se ter uma alimentação saudável. Como um primeiro passo nessa
direção, acho que começamos bem! Obrigada!
Muito obrigada sra Monica.
Agradeço pela colaboração ao Blog.
Professora Blogueira Vanessa.