terça-feira, 30 de setembro de 2025

Sobre "Demência " com Senhora Genilda da Say Psicologia

 

Senhora Genilda Gomes Farias de Alcântara - CRP 06/107691.
Imagem concedida pela Say Psicologia. 



Olá, Galerinha...

É uma honra ter no Blog essa matéria sobre Demência com Say Pscologia.

Primeiramente vamos conhecer um pouco sobre a profissional Senhora Genilda Gomes Farias de Alcântara, ela respondeu as perguntas sobre Demência para o Blog Diário da Professora Vanessa. 

Gratidão!

Vamos lá!

Fundadora e Responsável Técnica.


A profissional responsável pela SAY Psicologia é Genilda Gomes Farias de Alcântara – CRP 06/107691, graduada em Psicologia pela Faculdade Unicastelo. Possui ampla formação acadêmica e clínica:

Especialização em Terapia Familiar e de Casal (PUC-SP);

Formação em Neuropsicologia e Reabilitação Neuropsicológica pela Faculdade de Medicina da USP;

Psicopedagogia (PUC-SP);

Mestrado em Psicologia Clínica (PUC-SP);

Formação como Terapeuta/Aplicadora ABA (Curso Regina Bergamo);

Especialização em “Intervenção ABA aplicada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA)” pela FAMEESP – Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo.

A Dra. Genilda atua no atendimento a crianças, adolescentes, adultos, idosos, famílias e casais, sendo também proprietária da clínica.


Demência um assunto muito importante e reflexivo!

Senhora Genilda respondeu as perguntas abaixo.

Apreciem...


1. O QUE É A DEMÊNCIA E COMO ELA AFETA O FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO?


A demência é uma síndrome caracterizada pela deterioração progressiva das funções cognitivas, como memória, pensamento, orientação, compreensão e linguagem. Essa condição resulta de danos em diferentes regiões do cérebro, afetando as conexões neurais e, consequentemente, a capacidade da pessoa de realizar atividades cotidianas, tomar decisões e compreender o ambiente à
sua volta. Dependendo do tipo de demência, áreas distintas do cérebro podem ser afetadas, levando a desafios variados no raciocínio, na comunicação e no comportamento.


É importante destacar os tipos mais comuns: Alzheimer, demência vascular, demência por corpos de Lewy e demência frontotemporal, cada uma com características e evolução distintas. O diagnóstico precoce é essencial, pois permite planejar intervenções, adaptar rotinas e buscar apoio especializado para promover autonomia e bem-estar. 


2. QUAIS SÃO OS SINTOMAS MAIS FREQUENTES DA DEMÊNCIA?


Os sintomas da demência se manifestam de diferentes formas, variando conforme o tipo e o estágio da condição. Entre os sinais mais comuns estão lapsos de memória, dificuldade em encontrar palavras, desorientação temporal e espacial, alterações na capacidade de julgamento, problemas para resolver tarefas rotineiras e mudanças comportamentais. Com o avanço da doença, é possível observar apatia, irritabilidade, isolamento social e até mesmo alterações
na personalidade, tornando o acompanhamento profissional essencial para o manejo dessas questões. É importante ressaltar que o início dos sintomas pode ser sutil, levando ao diagnóstico tardio. Por isso, atenção às pequenas mudanças no cotidiano pode favorecer intervenções precoces e mais eficazes.



3. A DEMÊNCIA É A MESMA COISA QUE ALZHEIMER?

Embora sejam frequentemente confundidos, a demência e o Alzheimer não são termos equivalentes.


• O Alzheimer é, na verdade, a forma mais comum de demência, responsável por grande parte dos diagnósticos, mas existem outros tipos com causas, sintomas e evolução próprios.
• A demência é um termo geral que engloba diversas doenças caracterizadas pelo declínio cognitivo; o Alzheimer refere-se especificamente a um processo neurodegenerativo progressivo.


4. COMO A DEMÊNCIA PODE IMPACTAR O COMPORTAMENTO E AS EMOÇÕES DA PESSOA?


O impacto da demência sobre o comportamento e as emoções pode ser profundo e com várias nuances. Indivíduos podem apresentar mudanças súbitas de humor, sentimentos de insegurança, ansiedade diante de situações cotidianas e, por vezes, manifestações de irritabilidade ou tristeza sem motivo aparente. A dificuldade de reconhecer ambientes, pessoas ou até mesmo de expressar desejos e necessidades pode gerar frustração, medo e retraimento.
Além disso, períodos de confusão mental podem provocar comportamentosi inesperados, como desconfiança, agitação ou mesmo agressividade.


5. QUAL É O PAPEL DA FAMÍLIA NO CUIDADO DE ALGUÉM COM DEMÊNCIA?

A família exerce um papel fundamental no cuidado de pessoas com demência, atuando não apenas como rede de apoio emocional, mas também como elemento central na manutenção do bem-estar e da dignidade da pessoa. O envolvimento familiar pode contribuir para criar um ambiente seguro, adaptado às necessidades do cotidiano, além de facilitar a comunicação e o acesso a tratamentos e orientações especializadas. O acompanhamento familiar permite a identificação precoce de mudanças no quadro clínico e favorece a adoção de estratégias que promovam mais autonomia, sempre respeitando os limites e singularidades da pessoa com demência.6. 


6. EXISTEM ESTRATÉGIAS PSICOLÓGICAS QUE AJUDAM A MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE?


Sim, técnicas de estimulação cognitiva, intervenções focadas na reminiscência e exercícios de orientação à realidade podem ajudar a preservar funções mentais, estimular a memória afetiva e fortalecer vínculos sociais. Além disso, incentivar a autonomia e valorizar pequenas conquistas diárias contribuem para elevar a autoestima e reduzir sentimentos de dependência. Atividades lúdicas e criativas, como música, arte ou jardinagem, também favorecem o engajamento emocional e aliviam sintomas de ansiedade, tornando a rotina mais leve e significativa para a pessoa com demência.



7. COMO LIDAR COM AS MUDANÇAS DE HUMOR E A AGRESSIVIDADE EM PESSOAS COM DEMÊNCIA?


Lidar com alterações de humor e episódios de agressividade em pessoas com demência exige sensibilidade, empatia e estratégias adaptativas. Em muitos casos, esses episódios não são intencionais, mas sim respostas ao desconforto, confusão ou dificuldade de comunicação que a pessoa vivencia. É importante identificar possíveis gatilhos, como dor, fome, cansaço ou ambientes com excesso de estímulos, que podem intensificar a irritação ou trazer reações inesperadas.


A abordagem deve priorizar a escuta atenta e a validação dos sentimentos da pessoa, buscando não confrontar ou corrigir de forma direta, mas sim acolher e redirecionar de maneira tranquila. Técnicas como alterar o foco da atenção, propor uma atividade prazerosa ou simplesmente oferecer presença silenciosa podem acalmar momentos de tensão. Além disso, manter uma rotina previsível e um ambiente mais calmo auxilia a reduzir a ansiedade e, consequentemente, o risco de comportamentos agressivos.


8. A ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PODE REALMENTE RETARDAR A PROGRESSÃO DA DOENÇA?

Sim, a estimulação cognitiva pode contribuir positivamente para retardar o avanço da demência, embora não haja garantia de interrupção total da progressão da doença. Exercícios voltados para memória, atenção e raciocínio ajudam a fortalecer circuitos neurais, preservando funções mentais e promovendo maior autonomia no dia a dia. Além disso, o envolvimento em atividades que despertam o interesse e o prazer, como jogos, leitura ou conversas sobre histórias do passado, pode proteger contra o isolamento  contribuir para uma rotina mais saudável.



9. QUAIS ATIVIDADES SÃO RECOMENDADAS PARA MANTER O CÉREBRO ATIVO EM PESSOAS COM RISCO DE DEMÊNCIA?


Recomenda-se o envolvimento em jogos de estratégia, palavras cruzadas, quebra-cabeças, leitura regular, exercícios de escrita, aprendizado de novos idiomas ou habilidades, além de participação em grupos sociais e culturais. Atividades físicas, como caminhadas e danças, também favorecem o
funcionamento cerebral ao estimular a circulação e promover maior interação social. O contato com a natureza, o cultivo de hobbies artísticos, como pintura ou música, e o uso de tecnologias de maneira moderada podem ajudar a preservar as capacidades cognitivas e proporcionar satisfação pessoal.
Estimular a curiosidade, desafiar-se com tarefas novas e manter vínculos afetivos ajuda a fortalecer a saúde cerebral e tornar a rotina mais dinâmica e motivadora.


10. DE QUE FORMA O ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO PODE AJUDAR TANTO O PACIENTE QUANTO OS CUIDADORES?


O acompanhamento psicológico oferece suporte tanto para a pessoa diagnosticada com demência quanto para seus cuidadores, promovendo escuta acolhedora, orientação personalizada e gestão de emoções diante dos desafios diários. Para o paciente, o acompanhamento pode favorecer a adaptação ao diagnóstico, o enfrentamento das mudanças cognitivas e emocionais, além de estimular o envolvimento em atividades que proporcionem sentido e bem-estar. Já para os cuidadores, a psicoterapia auxilia no desenvolvimento de estratégias para lidar com o estresse, fortalecer a resiliência, reconhecer limites e evitar a sobrecarga, criando um ambiente mais equilibrado e saudável para todos.


11. O ESTRESSE E A SOBRECARGA DOS CUIDADORES TAMBÉM DEVEM SER TRATADOS EM TERAPIA?


Sim, o estresse e a sobrecarga dos cuidadores merecem atenção especial no contexto terapêutico. Ao vivenciar a rotina de cuidados, é comum que sentimentos como exaustão, ansiedade e até culpa surjam de maneira recorrente. A terapia possibilita um espaço seguro para compartilhar esses desafios, aprender técnicas de autocuidado e desenvolver mecanismos de enfrentamento. O acompanhamento pode orientar na organização do tempo, na busca por redes de apoio e na valorização das conquistas cotidianas, promovendo uma visão mais compassiva sobre o próprio papel de cuidador.


12. É POSSÍVEL PREVENIR OU REDUZIR O RISCO DE DESENVOLVER DEMÊNCIA?


Embora fatores genéticos e envelhecimento sejam relevantes, cuidados preventivos e mudanças no estilo de vida podem reduzir o risco de desenvolver demência. Manter uma alimentação o mais saudável possível, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e azeite de oliva, é fundamental para proteger
o cérebro. Praticar atividades físicas regularmente, controlar doenças crônicas como hipertensão, diabetes e colesterol alto, bem como evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, também contribui para a saúde cerebral. Além disso, cultivar conexões sociais, manter a mente ativa e buscar novos
aprendizados ao longo da vida favorecem a plasticidade cerebral. O sono de qualidade e o gerenciamento do estresse são igualmente importantes, pois afetam diretamente o funcionamento cognitivo. 


13. DEIXE UM RECADINHO SOBRE A IMPORTÂNCIA DE CUIDAR DA SAÚDE MENTAL.


Cuidar da saúde mental é um gesto essencial de autocuidado e responsabilidade, capaz de transformar a forma como enfrentamos desafios, celebramos conquistas e nos relacionamos com o mundo. Reservar tempo para si e buscar apoio quando necessário não significa fraqueza, mas sim coragem e respeito pela própria trajetória. Investir no equilíbrio emocional é também investir em mais qualidade de vida, abrindo espaço para novos aprendizados, conexões genuínas e momentos de bem-estar que fortalecem o corpo e a mente. Não negligencie seus sentimentos e necessidades: cultivar a saúde mental é um ato diário de gentileza consigo e com quem está ao redor.

Agradeço a Say Psicologia pela colaboração ao Blog Diário da Professora Vanessa. 

Minha gratidão!

Professora Blogueira Vanessa. 


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