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Boa tarde!
Continuamos falando da Alienação Parental com a parte final deste tema com Dra Talissa Caldonazo.
Vamos lá...
10. Quais provas são aceitas no processo para comprovar alienação parental?
Para comprovar a alienação parental, é importante reunir provas que mostrem, de forma clara, como um dos genitores (ou responsáveis) está interferindo negativamente na relação da criança com o outro.
Essas provas podem ser tanto documentais quanto técnicas e, quanto mais consistentes forem, maior a chance de o juiz entender o que está acontecendo de fato.
Veja alguns exemplos de provas que são comumente aceitas:
1. Laudos de perícia psicológica ou estudo psicossocial
2. Relatórios e devolutivas de psicólogos particulares
3. Declarações escolares
4. Mensagens, e-mails ou gravações (sem expor a imagem da criança e causar mais
sofrimento)
5. Testemunhas
Familiares, amigos, profissionais da saúde ou da educação que acompanham a criança e percebem a mudança de comportamento ou atitudes do genitor alienador podem ser ouvidos no processo.
11. Que medidas o juiz pode tomar ao identificar a prática de alienação parental?
Quando o juiz identifica que está ocorrendo alienação parental, ele pode tomar várias medidas para proteger a criança, como:
• Dar advertência ao genitor que está praticando a alienação;
• Aplicar multa;
• Mudar o regime de visitas ou até reverter a guarda para o outro genitor;
• Indicar cursos ou acompanhamento psicológico para orientar os pais;
• E, em casos mais graves, suspender o poder familiar de quem estiver prejudicando a criança.
O objetivo dessas ações é garantir que a criança cresça em um ambiente saudável e tenha o direito de conviver com ambos os pais( ou responsáveis), sempre com segurança e equilíbrio.
12. O que uma pessoa deve fazer ao suspeitar que está sendo vítima de alienação parental?
Se você sente que está sendo afastado do seu filho ou filha de forma injusta, não desista. O mais importante é continuar presente, mostrando carinho e cuidado, mesmo que o outro genitor esteja tentando te afastar.
Procure criar uma rede de apoio para a criança: familiares próximos, escola, amigos e profissionais que possam ajudar a manter um ambiente saudável.
O primeiro passo é buscar orientação com psicólogos e advogados. Eles vão te ajudar a entender a situação, saber como agir e o que pode ser feito na Justiça.
Tente também registrar os episódios, guardar mensagens e anotar situações em que você foi impedido de conviver com seu filho — isso pode servir de prova, se for preciso agir legalmente.
Acima de tudo, continue mostrando amor e presença. A criança precisa saber que pode contar com você, mesmo em meio aos conflitos dos adultos.
13. É possível fazer uma denúncia de alienação parental diretamente ou é preciso um advogado?
Sim, é possível fazer a denúncia sem precisar de um advogado no primeiro momento. A pessoa pode procurar diretamente o Conselho Tutelar, o Ministério Público, ou até uma delegacia, caso a situação envolva algo mais grave.
No entanto, se o objetivo for garantir a efetivação dos direitos da criança de forma mais segura e impedir que a alienação continue acontecendo, é muito importante ter o acompanhamento de um advogado. Ele poderá orientar sobre o melhor caminho legal, reunir as provas corretas e entrar com as medidas judiciais necessárias.
O advogado não é exigido para fazer a denúncia inicial, mas é essencial quando se busca resolver a situação.
14. Como os avós e outros parentes podem ser afetados por casos de alienação parental?
Em muitos casos, a alienação parental ocorre durante disputas entre os genitores, especialmente após a separação ou o fim do vínculo amoroso. Quando isso acontece, a criança pode acabar perdendo o contato não só com o pai ou a mãe, mas também com os avós e outros familiares do lado que está sendo afastado.
Isso acontece porque, ao ser manipulada emocionalmente por um dos responsáveis, a criança perde o elo que a ligava à sua família extensa — como tios, tias, primos e principalmente os avós. Esses vínculos muitas vezes são rompidos sem motivo real, apenas por influência do genitor alienador.
Com isso, a criança deixa de conviver com pessoas que poderiam transmitir afeto, histórias familiares, valores e referências importantes. A convivência com a família é uma das formas mais ricas de promover o desenvolvimento emocional saudável e de ensinar à criança como se relacionar com o mundo ao seu redor.
Portanto, a alienação parental não afeta apenas a relação entre pai, mãe e filho, mas também prejudica toda a estrutura familiar, impactando negativamente o crescimento afetivo e social da criança.
Por isso, é essencial que os adultos assumam seu papel com responsabilidade: a criança não deve ser usada como ponte de dor entre adultos, mas como prioridade no processo de reconstrução da família após a separação.
Dra Talissa muitíssimo obrigada!
Acesse o site da Dra Talissa Caldonazo.
Professora Blogueira Vanessa.
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